A Universidade Federal de Cariri (UFCA), no Ceará, será a primeira de todo estado a reservar vagas para pessoas transgêneros. A medida será inclusa nos editais de programas de pós-graduação da instituição, a partir de setembro 2018.
Além disso serão implementadas políticas de ações afirmativas para trans e ainda para negros (pretos e pardos), índios e pessoas com deficiência. Para os três últimos grupos, as cotas já existem na graduação.
Para entrar em vigor, a iniciativa deve ser aprovada pelo Conselho Superior Pro Tempore da UFCA (Consup) que está marcado para acontecer em janeiro. A coordenadora dos programas de pós-graduação Rosilene afirma que programas de mestrado, mestrado profissional e doutorado já reservam espaço para a população trans. “Todavia, não existia normativa. Com a aprovação do Consup, a política será aplicada institucionalmente”, declarou ela.
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Das 20% das vagas destinadas a cotistas negros, uma vaga suplementar estará disponível para trans, pessoas com deficiência e indígenas. Dentro da portaria 13/2016, do Ministério da Educação. Porém, a inclusão dos trans foi uma decisão independente.
“A exclusão caracterizou a população trans na sociedade, por muito tempo. É o que essas políticas vêm reparar. Contudo, a gente percebe que a dificuldade é maior no ensino básico, até chegar na graduação”, analisa Marina Reidel, do Diretora de Promoção dos Direitos LGBT do Ministério dos Direitos Humanos. As informações são do jornal O Povo Online.