(foto: Reprodução/Instagram)Jorge Bellé
O vereador de Campo Bom, no Rio Grande do Sul, Jorge Bellé (PL), causou polêmica durante a sessão realizada na última segunda-feira (8), em alusão ao Dia Nacional da Família, onde engrossou críticas à comunidade LGBTQIAPN+.
Na ocasião, o parlamentar afirmou que “feministas radicais, gays, trans… eles falam abertamente que querem destruir a família”, além de citar declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para dar ênfase à sua fala.
Em seu argumento, o apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que está preso, associou a suposta “desestruturação familiar” a problemas como depressão, ansiedade, baixo desempenho escolar e envolvimento com drogas. “Temos que manter firme quem cultiva a família. Sempre deixar ela protegida. Abençoa, Senhor, as famílias. Amém”, pontuou.
A reação da mesa diretora publicou uma nota de repúdio assinada pela presidente Kayanne Braga (PDT) e pelos membros João Paulo (MDB), Michele Closs (PDT) e Cleber Nunes (MDB). O documento afirma defender todas as configurações familiares e reforça que o conceito de família “transcende as questões biológicas e a dita configuração tradicional, com pai, mãe e filhos”. A nota também aponta que gays e trans não querem destruir família alguma, mas apenas formar as suas, e que negar esse direito “é um atentado a um dos mais fundamentais direitos humanos, o de constituir uma família”.
O texto ainda ressalta que o que realmente destrói famílias no Brasil é a violência contra a mulher e o feminicídio, e não a sexualidade ou identidade de gênero. Além disto, alertaram que discursos como o do vereador bolsonarista incitam ódio e violência, atingindo diretamente famílias LGBTQIAPN+ que lutam por segurança e reconhecimento.

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