Hiago Stock Morandi
O vereador Hiago Stock Morandi (PL), de Caxias de Sul, no Rio Grande do Sul, se tornou alvo de uma denúncia encaminhada ao Conselho de Ética da Casa e ao Ministério Público, após uma fala preconceituosa feita durante uma entrevista.
A suplente de vereadora Cleo Araújo (PT), primeira mulher trans a ocupar cadeira na Câmara da cidade, recorreu à ação após o político bolsonarista ter se referido ao ambulatório do Centro Especializado em Saúde (CES), que atende pessoas com HIV, Aids e hepatites virais, como um espaço de “energia ruim” e “complicada”, em bate-papo no podcast Conversa Magna, em 10 de março.
Segundo Cleo, a fala representa "um discurso discriminatório, com potencial de estimular exclusão social e disseminar desinformação sobre a condição de saúde". A parlamentar afirmou, em nota, que a manifestação reproduz “estigmas que há décadas são combatidos por profissionais da saúde, ativistas e organismos internacionais”.
Na denúncia, a suplente solicita retratação pública imediata por parte do vereador, além de pedido a abertura de investigação pelo Ministério Público com base na Lei n.º 12.984/2014, que criminaliza atos de discriminação contra pessoas vivendo com HIV.
“O estigma mata quando silencia e isola quem precisa de cuidado e acolhimento. E mata, sobretudo, quando parte de representantes públicos que deveriam defender a vida em todas as suas formas”, diz a nota.
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