A vereadora Duda Salabert, de 39 anos, presidente da Ong referência em apoio a mulheres travestis e trans (Transvest), fez história nas eleições de 2018 por ser a primeira candidata transgênero a se candidatar ao cargo de senadora, representando seu estado natal, Minas Gerais. Em 2020, Duda colocou seu nome na história novamente, sendo a vereadora de Belo Horizonte mais bem votada, com mais de 37 mil votos. Uma conquista que eleva pautas de inclusão e apoio a uma classe que sofre muito preconceito dentro e fora do movimento LGBTQIA+.
Desde março do ano passado vivenciamos momentos difíceis, onde todas as assistências sociais que vêm sendo criadas e executadas para o próximo, nos aquece o coração mostrando a importância de enxergar o outro, por meio da empatia e do apoio. Infelizmente, mulheres trans e travestis sofrem constantemente preconceitos diários pela falta de oportunidade. O mercado de trabalho é seletivo, de uma maneira em que, independentemente da qualificação, portas são fechadas quando o assunto é transexualidade e travestilidade.
A ONG Transvest ofereceu uma renda mínima para as pessoas mais afetadas da causa, além de atendimento online com psicólogos, e a destinação de 500 cestas básicas, impactando diretamente 148 mulheres trans e travestis. Duda é uma grande mentora para a realização destas ações, podendo transmitir força e esperança para essa pauta social que ainda não possui políticas públicas necessárias para a inversão destes estigmas.
Conforme uma pesquisa realizada pela ANTRA (Associação Nacional de Travestis e Transexuais), constata-se que 90% das travestis e trans do nosso país vivem no mundo da prostituição, e sem oportunidades de inserção no trabalho formal. Infelizmente, apenas 4% estão no mercado formal, caracterizando uma desvantagem evidente. A conscientização não cabe aqui como termo técnico, pois consciência é algo que surge em cada pessoa, de maneira individual, mas a sensibilização é sempre possível. Então, por favor, que tenhamos maior cuidado para com a nossa comunidade. Palavras e atos podem machucar, mas precisamos nos manter firmes para enaltecer estas histórias de luta e vitória. A matéria completa com relatos e evidências do tamanho deste impacto social está no (Clique aqui).