Na última terça-feira (13), o presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), decidiu unir os requerimentos advindos das Comissões Parlamentares de inquérito (CPI). Os senadores Eduardo Girão (Podemos) e Randolfe Rodrigues (Rede) são os autores da proposta. Com a decisão do líder do Senado, nos próximos dias teremos a investigação da União e os repasses orçamentários para estados e municípios.
Rodrigo deixou claro que tomou esta decisão pois via que ambas propostas se tratava de “assuntos conexos”, e que havia precedentes para a unificação. O pedido do Randolfe pedia investigação sobre as “ações e omissões” do governo federal, enquanto a solicitação do senador Girão era sobre estados e municípios. Em complemento, Pacheco também fez questão de deixar claro que estava realizando estas medidas apenas por decisão do ministro Luís Roberto Barroso, do STF.
Das questões mais polêmicas, estão as dúvidas se houve ou não omissão do governo de Jair Bolsonaro durante a pandemia. O líder do nosso país foi irresponsável na aquisição das vacinas? E quando teve a crise de falta de oxigênio em Manaus, ele teve culpa? O governo federal pode transferir a responsabilidade para estados e municípios? Essas são algumas das dúvidas que esta comissão instaurada tem a missão de responder nas próximas semanas.
Na última quarta-feira (14) foi decidida a lista dos senadores que irão compor a comissão, sendo bem desfavorável ao governo do atual presidente.
- 7 independentes: Renan Calheiros (MDB-AL), Otto Alencar (PSD-BA), Tasso Jereissati (PSDB-CE), Eduardo Girão (Pode-CE) e Marcos Rogério (DEM-RO), Eduardo Braga (MDB-AM) e Omar Aziz (PSD-AM);
- 2 oposicionistas: Humberto Costa (PT-PE) e Randolfe Rodrigues (Rede-AP)
- 2 governistas: Ciro Nogueira (PP-PI) e Jorginho Mello (PL-SC).