Nesta quinta-feira (31), a drag queen brasileira Gloria Groove, de 27 anos, falou sobre a influência da cantora norte-americana Lady Gaga para a sua carreira artística. Em entrevista ao ‘Pod Delas’, Groove ressaltou como a ‘Mother Monster’ o ajudou a se sentir representado como uma pessoa LGBTQIA+.
“Eu sei o quanto ela fez eu me sentir visto e representado. O quanto ela falava de coisas que nem sempre eram docinhas e amáveis tipo uma Katy Perry. Ela era uma pessoa que trazia peso e drama e enfim… Quando eu ouço ‘A Queda’ eu lembro disso… É porque eu sou little monster e por isso eu fiz isso”, destacou.
A artista também falou que tudo mudou na cultura pop após a chegada da intérprete de ‘Bad Romance’. “Eu gostava de outros artistas também, mas quando a Gaga apareceu e como ela tinha essa coisa de falar por nós, falar sobre liberdade, sobre cultura, falar sobre ser LGBT, ela tinha o meu segredo com ela. Ela era diferente. Essa mulher me ama! Era essa a minha sensação!”, disse.
Por fim, Gloria destaca que Gaga também ajudou sua geração a amadurecer, com os seus discursos de autoaceitação e suas músicas sobre liberdade. “Ela se expressava muito dessa forma. Todo o absurdo que ela tava propondo na estética, o fato de trazer de ser um monstro para a comunicação e ter um amor a isso, eu acho que ela conseguiu estabelecer uma comunicação com os fãs, principalmente nos 4 primeiros anos de carreira, que quem amadureceu nessa época, teve uma participação dela, como uma mãe mesmo. É uma Mother Monster real!”, afirmou Gloria.
Gloria Groove discursa contra Bolsonaro no encerramento do Lollapalooza: “censura é o c*ralho”
Neste domingo (27), durante a sua apresentação no Festival Lollapalooza Brasil, a drag queen Gloria Groove, se posicionou contra a tentativa do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) de censurar as manifestações políticas dos artistas que se apresentaram no evento. Para afrontar a decisão do Ministro Raul Araújo, a intérprete de ‘A Queda’ usou um figurino todo cravejado em vermelho, com o número 13, em referência a Lula e sua sigla política (PT), representada pelo número.
“Será que a gente voltou no tempo? Será realmente que é isso que está acontecendo? Quer dizer que eles querem calar a gente? Censura em 2022 é o car*lho. Fora Bolsonaro“, disse a artista antes de emendar o hit “Coisa Boa“, sendo ovacionada pelo público.
Em tempo, durante a coletiva de lançamento do seu novo álbum “Lady Leste”, Gloria Groove falou sobre representatividade. “Minha experiência como Gloria Groove é sobre minha busca por protagonismo, por quem eu sou, por minha identidade. É muito importante que meu texto se comunique com a existência de pessoas LGTBQIA+ em lugares periféricos, em situações diferentes de quem tem mais oportunidades”, comentou Gloria na coletiva.