Por muitas vezes, ouvimos as pessoas ao nosso redor classificar como “homofobia” atos preconceituosos praticados com nossa comunidade LGBTQIA+. No entanto, nos últimos tempos, em busca de uma luta mais expressiva, muitos representantes das siglas que compõe o movimento internacional LGBT+, classificaram suas lutas com os prefixos de sua orientação sexual somado com o “fobia”, em que significa aversão, intolerância.
A homofobia continua a ser um problema no mundo inteiro e, ao que tudo indica, caracteriza na modernidade como uma luta de homens homossexuais, por isso a palavra é composta por “homo” mais o prefixo “fobia”. Entretanto, para que não tornasse uma luta em vão e sem proposito comum, a comunidade LGBTQIA caracterizou como LGBTfobia, o preconceito direcionado a qualquer integrante do nosso movimento.
Ao decorrer do mundo existe uma luta comum contra a homofobia por nossa comunidade LGBTQIA+, trazendo para um conceito mais amplo, como dito anteriormente, LGBTfobia. Tendo até o dia 17 de maio em prol desta ação de todos, sendo uma das datas mais importantes para o movimento, tendo como referência um feito histórico há 31 anos atrás. a OMS (Organização Mundial da Saúde) deixou de considerar a homossexualidade como doença, sendo retirada da lista de classificação Internacional de doenças e problemas relacionados a saúde (CID).
Dentro do nosso contexto, faz muito sentido parar em alguns momentos, não apenas na data para refletir sobre nossos desafios em um país LGBTfóbico. de acordo com os dados do grupo gay da Bahia (GGB), a cada 19 horas, uma pessoa LGBT é morta no país. Em 2019, foi constatado 445 pessoas LGBTs assassinadas, por um ato errôneo de preconceito. De acordo com a Rede Trans Brasil, a cada 26 horas, uma pessoa trans é assassinada no país.
Desta maneira, precisamos cada vez mais mostrar para as pessoas que nossa luta consiste em uma única palavra, respeito, tratando-nos com a igualdade que precisamos. Não podemos nos deixar de posicionar, não podemos nos calar diante de todo o preconceito. Como membro de uma sociedade, precisamos de políticas públicas que deem espaço e oportunidade, favorecendo a equidade. Precisamos de ter espaço para ouvir e compreender, termos voz em uma sociedade preconceituosa.
Eu sou o Maurício de Britto, colunista de políticas públicas na coluna Politizah (Clique aqui)!