Ao decorrer do mundo existe uma luta comum contra a homofobia por nossa comunidade LGBTQIA+, trazendo para um conceito mais amplo, LGBTfobia. Tendo até o dia 17 de maio em prol desta ação de todos, sendo uma das datas mais importantes para o movimento, tendo como referência um feito histórico há 31 anos atrás. A OMS (Organização Mundial da Saúde) deixou de considerar a homossexualidade como doença, sendo retirada da lista de classificação Internacional de doenças e problemas relacionados a saúde (CID).
Dentro do nosso contexto, faz muito sentido parar em alguns momentos, não apenas na data para refletir sobre nossos desafios em um país LGBTfóbico. de acordo com os dados do grupo gay da Bahia (GGB), a cada 19 horas, uma pessoa LGBT é morta no país. Em 2019, foi constatado 445 pessoas LGBTs assassinadas, por um ato errôneo de preconceito. De acordo com a Rede Trans Brasil, a cada 26 horas, uma pessoa trans é assassinada no país.
A transfobia, preconceito direcionado as pessoas trans (Transgêneros e Travestis), o cenário é mais preocupante, tendo uma expectativa de vida de 35 anos para estes integrantes da nossa comunidade. Segundo os dados do (SUS) Sistema Único de Saúde, em 2020, a cada uma hora uma pessoa é agredida devido sua orientação sexual ou identidade de gênero. Infelizmente, precisamos cada vez mais de políticas públicas que nos inclui uma sociedade mais justa.
Desta maneira, precisamos cada vez mais mostrar para as pessoas que nossa luta consiste em uma única palavra, respeito, tratando-nos com a igualdade que precisamos. Não podemos nos deixar de posicionar, não podemos nos calar diante de todo o preconceito. Como membro de uma sociedade, precisamos de políticas públicas que deem espaço e oportunidade, favorecendo a equidade. Precisamos de ter espaço para ouvir e compreender, termos voz em uma sociedade preconceituosa.
Eu sou o Maurício de Britto, colunista de políticas públicas na coluna Politizah (Clique aqui)!