Entenda

O que seria uma pessoa travesti?

Muitos mitos cercam o mundo da transexualidade e precisam ser esclarecidos

Evento aconteceu no Museu do Amanhã, que apoia o projeto e, recentemente, incorporou pessoas transexuais em sua equipe de recepcionistas
Travesti (Foto: Reprodução)

Travesti é uma pessoa que foi designada homem no seu nascimento, mas se entende como uma figura feminina. Ela é representada pela letra “T” da sigla LGBTQIA+, onde temos também as representações de homens e mulheres transexuais. Durante muito tempo, o nome foi associado de uma maneira pejorativa e errônea, sendo caracterizados diretamente como profissionais do sexo, ou seja, como praticantes da prostituição.

Como muitos outros termos preconceituosos que fomos ganhando como comunidade LGBT, as travestis ressignificaram para uma nova contextualização e significância o orgulho de serem o que são. A letra “Q” da sigla LGBTQIA+ mesmo, significa Queer, termo em inglês, em que traduzindo para o português significaria estranho, esquisito ou desconhecidos, invés de debatermos com pessoas em que não nos escutaria, ressignificamos o sentido para abraçar a todos que se sentem diferentes dos demais.

As travestis, geralmente, mudam seus corpos através de hormônios, terapias, implantes de silicone e cirurgias plásticas, mas ainda desejando manter o órgão sexual de origem. O termo “travesti” ficou vinculado a profissionais do sexo de uma maneira cultural, entretanto, hoje em dia, muitas pessoas se colocam como travesti em vários cargos e profissões para descontruir essas amarras preconceituosas da história.        

Infelizmente, somos o país que mais mata transsexuais e travestis no mundo, tendo essa marca péssima em nossa sociedade. Cada vez mais faz sentido a necessidade de políticas públicas de inclusão do movimento trans em pautas nacionais, essas pessoas estão reféns de todo preconceito maldito que nos cercam. As estatísticas apontam mortes seguidas pelos mesmos motivos, se fossemos considerar haver motivos para matar alguém, muitos mais um LGBT como nós.

Eu sou o Maurício de Britto, colunista de políticas públicas na coluna Politizah (Clique aqui)!

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