Diversidade

Presidente da Disney afirma que novos filmes da empresa terão metade dos personagens LGBT e de outras minorias raciais

A presidente da Disney General Entertainment, Karey Burke, prometeu que os novos lançamentos da empresa terão mais representatividade entre seus personagens

Lightyear
Lightyear (Reprodução)

Depois de ser colocada no centro de uma grande polêmica por recusar personagens LGBT+ em suas produções, a Disney promete reescrever a sua própria história e ser mais inclusiva em seus próximos capítulos. Nesta segunda-feira (28), a presidente da Disney General Entertainment, Karey Burke, prometeu que os novos lançamentos da empresa terão mais representatividade entre seus personagens.

A executiva afirmou que, a partir de agora, “metade” dos personagens dos novos filmes serão parte da comunidade LGBT+ ou de outras minorias raciais. Burke prometeu ainda, que os espectadores já irão ver essa mudança até o final do ano, quando novos filmes da Disney serão lançados já apostando na diversidade.

Burke também falou sobre o novo projeto de lei da Califórnia, “Don’t Say Gay” (ou “Não Diga Gay”), que proíbe que professores e instituições de ensino falem sobre a existência de pessoas LGBTQIA+ dentro do ambiente de sala de aula. “Estou aqui como mãe de duas crianças queer, na verdade, uma criança transgênero e uma criança pansexual, e também como líder’, disse ela (via Meaww).

As declarações de Karey Burke acontecem duas semanas depois da Pixar Studios acusar a Disney publicamente de censurar cenas de afetos LGBTs em suas produções. A companhia de Walt Disney havia vetado um beijo gay em Lightyear, animação derivada de ‘Toy Story’, que estreia em Julho nos cinemas. Por conta da polêmica, a Disney decidiu manter a personagem Hawthorne (Uzo Aduba), que vai protagonizar um momento histórico ao lado de outra mulher na animação.

Disney promete lutar contra lei homofóbica ‘Don’t Say Gay’ da Flórida

Nesta segunda-feira (28), o governador da Califórnia, nos Estados Unidos, Ron DeSantis, sancionou o polêmico projeto de lei “Don’t Say Gay” (Não Diga Gay), causando repúdio da Disney, que emitiu um comunicado oficial contra a legislação.

O projeto de lei HB 1557 da Flórida, também conhecido como ‘Não Diga Gay’, nunca deveria ter sido aprovado e nunca deveria ter sido assinado em lei”, disse a Disney. A empresa reforçou que tem como objetivo fazer com que a lei seja revogada pelo Legislativo e derrubada nos tribunais federais. A companhia também declarou que pretende unir forças com empresas nacionais e estaduais para que o texto da legislação não avance.

“Estamos dedicados a defender os direitos e a segurança dos membros LGBTQIA+ da família Disney, bem como da comunidade LGBTQIA+ na Flórida e em todo o país“, declarou a companhia de Walt Disney.

Com a aprovação da lei, escolas e professores ficam impedidos de reconhecer a existência de pessoas lésbicas, gays, bissexuais, transexuais e outras dentro das intuições de ensino e proibidos de falarem sobre gênero e orientação sexual com os alunos.

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