SAÚDE

Anvisa prorroga autorização emergencial de vacinas contra Mpox por seis meses

A medida foi publicada na terça-feira (27/08) no Diário Oficial

Anvisa prorroga autorização emergencial de vacinas contra Mpox Jynneos - Divulgação
Anvisa prorroga autorização emergencial de vacinas contra Mpox Jynneos - Divulgação

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou a prorrogação da autorização emergencial para o uso das vacinas contra a Mpox Jynneos, anteriormente denominada varíola dos macacos, da dinamarquesa Bavarian Nordic, e Imvanex, da alemã IDT Biologika GmbH, por mais seis meses.

A decisão, publicada no Diário Oficial da União (DOU) na última terça-feira (27/08), estende a dispensa de registro por seis meses, a contar de 23 de agosto, permitindo que o Ministério da Saúde (MS) importe as doses necessárias para conter o avanço da Mpox no Brasil. Segundo a instituição, ambas as doses se referem a um mesmo produto, com nomenclatura diferente nos Estados Unidos e na Europa.

A medida é essencial diante da dificuldade global de produção em larga escala dos imunizantes, o que tem levado a priorização de grupos mais vulneráveis, como profissionais de saúde, pessoas imunossuprimidas e indivíduos que tiveram contato direto com infectados. Neste mês, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a doença como Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII).

O Ministério da Saúde, que já havia informado no dia 15 de agosto sobre a negociação de 25 mil doses junto à Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), destacou a importância dessa prorrogação para garantir a proteção das populações em risco.

O imunizante é destinado a adultos com idade igual ou superior a 18 anos e tem prazo de validade de até 60 meses quando conservado em temperatura que varia entre -60 graus Celsius (°C) e -40°C.

Vale destacar, que até o momento, não há submissão de protocolos de ensaios clínicos com vacinas ou medicamentos contra a Mpox a serem conduzidos no país, tampouco existe vacina registrada pela agência para essa finalidade.

Além disso, a preocupação global aumenta com a detecção de uma nova variante da Mpox na República Democrática do Congo, que se mostrou significativamente mais mortal e agressiva do que a variante que afetou o Ocidente em 2022.

Dados da Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo indicam que 98% dos casos na cidade ocorreram em homens, o que reforça a necessidade de ações direcionadas para controlar a disseminação da doença em grupos específicos e evitar um agravamento da situação de saúde pública.