A aranha Phoneutria eickstedtae, popularmente chamada de aranha armadeira, possui um veneno que contém uma toxina capaz de provocar priapismo: uma ereção dolorosa que pode durar mais de quatro horas.

Segundo o guia local Mauro de Araújo, a espécie temida pode ser facilmente vista tanto de dia quanto à noite, às margens das cachoeiras da Chapada dos Veadeiros, no Goiás. “Elas raramente atacam. Quando percebem a aproximação de animais maiores ou humanos, se afastam um pouco. Nos passeios que acompanhei, nunca houve acidentes”, contou.

A aranha em questão também apresenta um comportamento defensivo característico, em que ergue as patas dianteiras, faz movimentos laterais e pode até saltar para intimidar.

O priapismo, que é é definido como uma ereção peniana que persiste por mais de quatro hora em estímulo sexual, pode ser sentida como efeito da picada da aranha, ao qual ocorre pela ação da toxina Tx2-6, que estimula excessivamente neurônios periféricos, provocando liberação intensa de óxido nítrico.

A molécula relaxa a musculatura dos corpos cavernosos, ao qual aumenta o fluxo sanguíneo e dificultando a drenagem. Mesmo que raro, cerca de 4% dos casos graves de envenenamento apresentam priapismo, que exige tratamento imediato para evitar necrose ou danos permanentes ao pênis.