O número de pessoas com Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs) tem crescido nos últimos anos no Tocantis. Em se tratando de HIV/AIDS, cerca de 2.999 casos já foram confirmados.
Conforme dados da Secretaria Estadual de Saúde (SES), a porcentagem de pessoas com sífilis em Palmas chega a ser duas vezes maior que a média nacional. A situação está sendo tratada como epidemia.
Segundo dados apresentados pelo site G1, foram detectados 1.308 casos em Araguaína e 1.238 em Palmas. Outras 247 pessoas em Gurupi, 131 em Paraíso e 75 em Porto Nacional, também vivem com HIV.
Além disso, nos primeiros meses do ano, de janeiro a maio, foram registrados mais de 400 novos casos de sífilis. No ano passado o estado registrou mais de 1,5 mil pessoas infectadas. A média nacional do país prevê 58 casos da doença para cada 100 mil habitantes. No estado, esse índice sobe para 70 casos.
“As pessoas tendem a não buscar o serviço de saúde, não buscar a Unidade Básica de Saúde para fazer o diagnóstico. Têm medo do diagnóstico e acabam tendo uma bactéria ou um vírus. No caso do HIV, não diagnosticado, acaba transmitindo a doença para outras pessoas”, disse à publicação Marileide Martins, técnica na área de assistência da SES.
A camisinha ainda é um dos métodos mais acessíveis e eficazes para a prevenção de doenças sexualmente transmissíveis. Além disso, outro métodos para prevenir o HIV é o uso do PrEP.
A PrEP (Profilaxia Pré-Exposição), é um dos tratamentos mais utilizados para prevenir o HVI/Aids. O medicamento antirretroviral é utilizado antes da exposição ao vírus, para evitar a infecção pelo vírus. Aqui no Brasil este tratamento é oferecido através do SUS (Sistema Único de Saúde).
De acordo com o Ministério da Saúde, a busca pelo medicamento aumentou em até 38% nos últimos cinco meses. Aqui no Brasil o tratamento está disponível desde janeiro de 2018. Desde então, 11.034 pessoas foram cadastradas, sendo 4.152 apenas entre janeiro e maio deste ano.