A ginecologia regenerativa é utilizada na reparação dos tecidos do sistema reprodutivo feminino para recuperar as funções da vagina e da bexiga. Essa abordagem busca utilizar técnicas e terapias para tratar condições ginecológicas, melhorar a saúde sexual e promover o bem-estar das mulheres.
De acordo com dados da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS), no período de 2018 a 2019, o Brasil registrou a realização de mais de 30 mil procedimentos desse tipo, superando os Estados Unidos em 18 mil intervenções, conforme a classificação global.
Segundo a ginecologista Dra. Rita de Cássia Piscopo, médica associada à Associação Mulher, Ciência e Reprodução Humana do Brasil (AMCR), o tratamento não hormonal é indicado para mulheres na menopausa, que não podem fazer tratamentos com hormônios : “Esse procedimento é utilizado, por exemplo, quando a mulher tem ressecamento vaginal”, diz.
O ressecamento vaginal provoca dores, desconfortos na hora de ter relações sexuais, coceiras, ardências, diminuição na elasticidades e escape de urina. Ele não está limitado à menopausa; outras condições como o estresse, certos medicamentos, tratamentos de câncer, amamentação e alterações hormonais, podem contribuir para esse sintoma.
No caso da menopausa, a Dra. explica que a vagina ressaca por conta da redução na produção de estrogênio e que os tratamentos são focados na volta da funcionalidade que apresentam quando mais jovens, e que podem ser feitos através de energias.
“As principais formas de tratamento são feitas por meio de lasers de CO², ultrassom microfocado, radiofrequência ‘não ablativa’ e a radiofrequência ‘ablativa’, através de um aparelho chamado Fraxx, o qual leva uma corrente de energia até as paredes da vagina”, comenta Dra. Rita. “A energia entra na mucosa e vai fazer com que os vasos se regenerem e aquele tecido volte a ter lubrificação”, acrescenta.
O tratamento de Laser CO² é um método utilizado há mais de uma década, já o de radiofrequência é mais novo e um pouco mais simples do que o laser. De acordo com estudos recentes da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), não há diferenças no resultado de ambos.
“Ambas as terapias trazem a mesma eficiência e podem ser aplicadas. O Laser é mais caro, devido a tecnologia do equipamento, já a radiofrequência atinge um valor de custo menor, o que abrange um número maior de mulheres, dadas as condições financeiras de cada uma”, finaliza a ginecologista da AMCR.