Saúde

Novembro Azul também é para mulheres trans: a urgência de inclusão em campanhas de prevenção

Transfobia médica expulsa mulheres trans do atendimento
25/11/2025 10:25
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Terra
Novembro Azul também é para mulheres trans: a urgência de inclusão em campanhas de prevenção(foto: iStock)

Novembro Azul também é para mulheres trans: a urgência de inclusão em campanhas de prevenção

O mês de novembro é essencial na campanha para tratamento contra o câncer de próstata, e as campanhas em prol do Novembro Azul também não apenas exclusivamente para homens cis, mas também afetam mulheres trans e travestis, ainda de forma pouco discutida nas campanhas de prevenção.

As mulheres trans podem ou não fazer terapia hormonal, cirurgias ou outras intervenções durante a transição. Mesmo após cirurgias de redesignação sexual, a próstata permanece, já que sua remoção envolve riscos altos e não traz benefícios diretos para a percepção de gênero.

Lune Jaci, conselheira estadual de saúde e coordenadora do Centro Acadêmico de Saúde Coletiva da UFRN, e que é travesti, reagiu à falta de estudos sobre saúde de pessoas trans, especialmente das que se hormonizam, e como elas ampliam forças políticas que tentam barrar a hormonioterapia.

A realidade nas UBS do estado potiguar, segundo Lune, é marcada por obstáculos que vão desde o preconceito até a desinformação. A atenção primária deveria garantir cuidados no próprio território, mas muitas mulheres trans evitam marcar consultas por medo de violência institucional. Além disto, são somadas a resistência de médicos em prescrever bloqueadores e hormônios, muitos deles inseguros por falta de conhecimento científico. Os que se dispõem a aprender também enfrentam outra barreira: a inexistência de protocolos claros para orientar a prática.

A falta de preparo dos profissionais também gera situações recorrentes. Lune relatou, que, muitas vezes, qualquer sintoma é atribuído ao uso de hormônios. “Se a pessoa trans chega com dor de cabeça, dor no estômago ou uma fratura, o profissional culpa o estrogênio ou a testosterona e suspende o tratamento, mesmo sem relação nenhuma. Isso gera medo e faz com que evitemos procurar atendimento”, disse.

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