Pesquisa brasileira mostra resultados no tratamento do HIV com medicamentos
Uma pesquisa científica inédita, liderada por cientistas brasileiros, pode apresentar novas perspectivas positivas no tratamento contra o HIV, doença que afeta mais de 800 mil pessoas no Brasil.
Um voluntário do estudo, que prefere não se identificar, ficou conhecido como "Paciente de São Paulo". Ele contraiu o vírus em 2012 e desde então fazia uso do coquetel convencional, e em 2016, aceitou participar de uma pesquisa coordenada pelo infectologista Ricardo Sobhie Diaz, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
Curiosamente, cerca de três anos depois o início do tratamento, ele apresentou sintomas de cura. “Ele falou que eu estava curado. Aí eu falei: 'como curado?'. Eu achava impossível. Eu falei: 'eu quero fazer o exame de novo, eu quero fazer o exame do sangue'. E eu fiz o exame na frente da médica, mais três enfermeiras na sala e elas começaram a chorar porque ninguém acreditou. E repetiu o exame e não dava nada. Eu não tinha mais o vírus do HIV no meu sangue", contou.
Até hoje, apenas sete pessoas no mundo foram consideradas curadas do HIV. A pesquisa da Unifesp, por sua vez, é a primeira a alcançar resultados promissores apenas com medicamentos. "Falaram que eu teria que tomar uma medicação por um tempo para fazer um estudo. E aí quando foi em 2019 ele me chamou, falou 'eu tenho um resultado para você. É uma coisa que esperamos muito para isso acontecer e nós estamos muito felizes'. Eu fiquei dois anos sem tomar medicação. Quando nós suspendemos, eu engordei, coisa que não acontecia nunca. A minha pele mudou, peguei cor, parecia um bronzeado novo", contou o paciente.
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