O Transmaromba, uma iniciativa voltada ao acolhimento e à segurança de pessoas trans em práticas de exercício físico, já reúne 120 participantes, e se tornou uma tendência de encorajamento e em prol da saúde.

Há cerca de um ano, Kayodê Andrade, Paole Matas, Nathan Santos e Sayonan Souza combinaram um treino cedo, e idealizaram o movimento. O primeiro, de 25 anos, é um dos idealizadores do coletivo, e lembrou das violências sofridas ao longo da sua jornada esportiva como lutador de judô.

“Entendi, ao longo do tempo, que corpos como o meu eram constantemente retirados de todos os espaços. E percebi que o Transmaromba me fortalecia”, contou o ator e modelo, em entrevista ao jornal O Globo. Sayonan, de 34 anos, artista visual e cofundador da iniciativa, refletiu, ainda, sobre o gatilho ocasionado pela chegada do verão para corpos trans.

“O verão é terrível para quem não fez mastectomia (remoção dos seios) e usa tape ou binder (faixas para achatar o peito)”, comentou ele, que apontou os benefícios do coletivo Transmaromba para além dos fins estéticos. “O grupo me ajuda com o físico e o psicológico. Passei a ficar mais satisfeito com a imagem que vejo no espelho”, disse.