O tributo à Anne Lister, que viveu no século XIX na Inglaterra, em uma placa azul comum para designar locais e personalidades no país, sofrerá alteração após protestos de que o mesmo apagaria a sua sexualidade, considerada como a “primeira lésbica moderna”.
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A placa é a primeira do gênero no Reino Unido a contar com um arco-íris, e foi inaugurada no último 24 de julho, na igreja da Santíssima Trindade em York, na Inglaterra, onde Anne recebeu comunhão com a namorada depois de trocarem anéis em casa há quase 200 anos.
Ativistas se descontentaram com a mensagem colocada no quadro original que diz: “Empreendedora não conformada com gênero. Compromisso conjugal celebrado, sem reconhecimento legal, para Ann Walker em sua igreja. 1834.”
Uma petição online foi criada pedindo a mudança do texto e já conta com mais de 2.500 assinaturas. “Anne Lister foi, definitivamente, gênero não-conformado toda a sua vida. Ela foi também, contudo, lésbica. Não deixem que apaguem essa mulher icônica da nossa história”, diz o texto do abaixo-assinado.
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De acordo com o fundo de Conservação de Igrejas local, responsável pela homenagem, a intenção da placa seria uma celebração positiva da união de Anne Lister e Ann Walker. Acrescentando não ter a intenção de ofender.
Lister, morreu em 1840, aos 49 anos e era uma proprietária e viajante bem-sucedida de Yorkshire. A descoberta da sua sexualidade foi decifrada a partir da tradução dos seus diários que fala sobre os seus relacionamentos românticos descritos em um código derivado de álgebra e grego antigo. O código foi decifrado nos anos 1980 e revelou uma compreensão clara e aceitação de sua sexualidade.