A polêmica sobre o comentário da escritora J.K. Rowling, autora da saga Harry Potter, tomou as redes sociais ano passado. O posicionamento suscitou um grande frisson após a famosa defender uma mulher acusada de transfobia, o suficiente para que ela fosse etiquetada disso também. Além do mais, a romancista chegou a mencionar um artigo irônico sobre “pessoas que têm menstruação“, o que fez com que ela fosse acusada de invisibilizar mulheres trans.
“Vista-se como quiser, chame do que gostar, durma com qualquer adulto que consinta e queira você. Viva sua melhor vida em paz e segurança. Mas forçar mulheres a deixarem seus trabalhos por afirmarem que sexo é real?”, acompanhadas das hashtags #IStandWithMaya (Eu apoio a Maya) e #ThisIsNotaDrill (Isso não é uma brincadeira)”, disse a escritora em uma fala polêmica, divulgada no Twitter.
Nesse sentido, após inúmeros burburinhos em torno de seu nome, Rowling resolveu devolver o prêmio recebido nos Estados Unidos pela família Kennedy. A organização Robert F. Kennedy Human Rights (RFKHR) premiou a famosa, ano passado, com o Prêmio Ripple of Hope. Todavia, a presidente, Kerry Kennedy, fez questão de destacar que as opiniões de Rowling sobre as pessoas transgênero “subestimam a identidade” dessas pessoas.
Sendo assim, a romancista deixou claro que não é transfóbica e não permitirá que ninguém lhe empurre este estigma. “Essas declarações dão a entender incorretamente que eu sou transfóbica”, disse. E acrescentou que não faz sentido ter o prêmio em suas mãos, depois de tanta divergência.