O juiz Marcelo Nobre de Almeida, da 7ª Vara Cível do Rio de Janeiro, julgou improcedente a ação movida pelo presidente Bolsonaro. O mandatário resolveu recorrer à justiça após a repercussão de um vídeo de 2017, no qual o padre Julio Lancellotti defendeu ferozmente o direito das mulheres e teceu críticas ao presidente, inclusive sobre o meio LGBT, sempre alvo contumaz do político.
Contudo, apesar das críticas do líder católico estarem categóricas e direcionadas a Bolsonaro, não há indícios de injúria contra o autor do processo, segundo o magistrado. Isto é, a crítica não ultrapassa o limite da tolerância e não qualifica qualquer delito.
“O que se verifica foi ter ocorrido uma tentativa de defesa mais veemente de uma outra visão dos temas que eram objeto da pregação e que são diametralmente opostos ao que é utilizado como bandeira pelo demandante”, diz trecho da sentença.
Recentemente, chamado de machista, homofóbico e racista, o político sentiu-se ofendido e resolveu recorrer à justiça em 2018, mas saiu sem êxito após a sentença proferida pela magistrada. E, assim como neste referido caso, Bolsonaro terá que pagar as custas e os honorários do processo.