A orientação sexual é algo que compete somente ao próprio sujeito, contudo, trazer o tema à tona ajuda a incentivar e encorajar outras pessoas que passam por dilemas similares.
Questões familiares e religiosas costumam ser empecilhos para o indivíduo viver a sua sexualidade plenamente e, por conseguinte, buscar uma vida mais feliz e realizada. O sentimento de culpa costuma aprisionar e trazer a raiva ou pena de si mesmo.
Quando nos libertamos da culpa de ser quem somos, trabalhamos nossa autoestima, autoconhecimento e, sobretudo, o respeito por si mesmo. Mas isso não é um processo fácil e requer vigilância constante, visto que comentários preconceituosos são recorrentes em qualquer ambiente.
Em conversa ao Observatório G, uma atriz que chamaremos de Ester, pois sua identidade será preservada, falou um pouco acerca do tema autoaceitação.
“Eu não posso dizer que me aceito totalmente, mas me sinto muito melhor hoje. Minha família é tradicional, eles não sabem tudo da minha vida afetiva, mas imaginam. Me relacionar com mulheres é viver quem eu realmente sou”, disse.
“Eu nunca gozei de verdade com homem, nenhum pa* me fazia gozar pra valer. Tive namorados, não foi ruim, foi uma relação proveitosa no sentido de aprender com erros e evoluir através do outro, né. Prefiro olhar por este lado para não me massacrar tanto pelo tempo que perdi sendo um personagem”, destacou.
Sobre este ‘tempo perdido’, Ester foi enfática e desafiadora – “Foi muito tempo sim, demorei para ficar com mulheres, mas não tanto quanto homens que conheço que vivem a vida inteira com suas esposas, mas só revelam seus verdadeiros desejos às amantes ou aos amantes”, disse.