Na madrugada da última quinta-feira (4), a atriz e feminista Fernanda Nobre, de 37 anos, utilizou a sua rede social do Instagram para fazer alguns questionamentos com os fãs e seguidores. O tema selecionado para o debate foi “o que é ser vulgar hoje para você”.
Fernanda Nobre, que vive um relacionamento aberto José Roberto Jardim, convidou seus seguidores para refletirem sobre o uso do adjetivo “vulgar”. Autodeclarada feminista, a atriz tenta desmistificar o termo num vídeo publicado em seu perfil do Instagram.
“O que é ser vulgar para você hoje? Hoje, com todo esse movimento de libertação dos corpos femininos e do entendimento do quanto esse movimento é significativo. Onde que entra a vulgaridade?“, começa ela, que explica que essa reflexão surgiu durante uma conversa com uma amiga.
Notícias Relacionadas
Luta por direitos
Dia da visibilidade trans: desafios e avanços na luta por direitos e dignidade
Em 20 de novembro, o mundo celebra o Dia Internacional da Visibilidade Trans, uma data dedicada a aumentar a conscientização sobre as questões enfrentadas pela comunidade trans, destacar suas conquistas e, sobretudo, reconhecer suas lutas diárias por direitos e dignidade. Para Noah Scheffel, CEO da EducaTransfarma e um dos maiores defensores da diversidade e inclusão, esta […]
Gay for pay
Garotos de programa no Grindr: veja os códigos usados no app
A prostituição masculina moderna migrou para aplicativos de pegação e profissionais do sexo driblam moderação com códigos específicos
“Ela me fez esse questionamento. Ela perguntou: ‘Fernanda, o que é ser vulgar para você? Você consegue me explicar’. Gente, eu não consegui. E, muito espertamente, ela disse: “Tá bom, você não consegue explicar. Então, agora, o que é o oposto de vulgar?’ Bom… ser vulgar é um adjetivo pejorativo dado para nós, mulheres. Ninguém fala que homem é vulgar. O oposto é uma mulher comportada, praticamente uma recatada do lar“, relata, que continua.
“Eu fiquei pensando que eu, na minha infância, na adolescência, eu tinha muito claro o que era ser vulgar. Era uma mulher com roupas curtas, com um shortinho na bunda, batão vermelho, rebolativa, com o comportamento expansivo, insinuante, sedutor… Só que naquela época, eu não entendia que aquela mulher que me ensinavam a rotular era uma mulher livre. Livre da hipocrisia, do controle opressor, do pudor de uma sociedade moralista. (…) Na minha bolha, esse adjetivo caiu em desuso. Sabe aquela frase da internet “sexy sem ser vulgar”? Eu nunca gostei dessa frase, e eu acho que entendi o porquê. Parece que existe um limite para a nossa sexualidade, e com a gente atinge esse limite, ela é vulgar“, completa Fernanda Nobre.
O vídeo com o conteúdo completo está disponível no perfil pessoal da famosa, na rede social.
