"Hoje, eu só clamo por Justiça", lamenta mãe de mulher trans assassinada

Bandeira trans
Bandeira trans (Foto: Reprodução/Internet)

Morta em um motel da capital, no sábado (13), Manuella Otto, de 25 anos, era uma mulher trans e foi assassinada, de acordo com informações, por um policial militar em Manaus. Familiares fizeram uma manifestação em protesto ao ocorrido e conversaram com o G1.

“A minha preocupação com a Manu estava diferente. Era uma angústia muito grande, eu não sabia explicar. Consegui dormir vencida pelo cansaço. Acordei às 7h, corri para o quarto da Manu e ela não estava. A última visualização dela tinha sido meia noite e pouquinho. Mandei mensagem e dava como estivesse sem internet. Liguei e estava desligado”, lembrou a mãe da moça.

“Ela perdeu o pai com quatro anos. Começou a trabalhar com 14 anos e era o braço direito da minha irmã. A profissão dela era animar festas. Eu já trabalhei com ela, meus primos, meus irmãos. Não tem uma pessoa da família que não gostasse dela. Ela tinha o sonho de se profissionalizar mais nessa arte que ela sempre amou. Vai deixar saudade em tudo”, contou a tia.

“Temos desespero e muita preocupação, por conta que a polícia prende e a Justiça solta. Decidimos fazer esse ato para pedir que ele seja condenado e não seja colocado em liberdade. Ele pode vir a colocar a vida de mais pessoas em risco. Pedimos por Justiça, condenação e que seja expulso da polícia. Que ele não fique sem punição”, disse Bruna La Close, presidente da Associação LGBT do Amazonas.

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