Agripino Magalhães, ativista LGBTI+, contou para o Jornal O Dia como está os desdobramentos do entrave contra o jogador Neymar. O ativista, que já atua há anos em prol da causa da diversidade, celebrou o novo inquérito contra o jogador.
“As pessoas pensaram que o assunto tinha sido encerrado, mas nós recorremos contra a decisão do arquivamento do Ministério Público de São Paulo na época, e agora a nova ação avançou para a formalização das provas e, se Deus quiser, nós vamos chegar a abertura mesmo de um processo contra Neymar. Ele vai depor na quarta-feira (10) na 15ª Delegacia Policial (Itaim Bibi) em São Paulo. “Acredito que o jogador será ouvido também por esses dias por videoconferência”, contou ele ao veículo.
E continua: “Nós estamos pedindo 3 milhões de dólares (aproximadamente 17 milhões de reais) de indenização e não é tanto pelo dinheiro, é pelo respeito que as pessoas precisam ter pelos LGBTI+. É uma forma de provar que não se pode ofender com chacotas, músicas, xingamentos e até ameaçar qualquer pessoa por sua orientação sexual. Existem pessoas que só aprendem, só acordam para a vida quando dói no bolso”.
O advogado de Agripino, Ângelo Carbone enfatizou – “É bom ressaltar que ninguém é contra o Neymar. Ninguém quer aparecer. O problema maior de toda essa polêmica está no fato do jogador ser uma pessoa com milhões de seguidores. Fãs de todas as idades, mas boa parte jovens, que podem pensar que é normal xingar, ameaçar e até mesmo matar um LGBTI+. Não!! Temos que mudar essa mentalidade e punir aqueles que incentivam esse absurdo”.
Ano passado, no mês de junho, vazou um áudio no qual o jogador do Paris Saint-Germain e colegas apareciam xingando o ex-padrasto do atleta , Tiago Ramos. Nas ofensas proferidas, comentários como “viadinho” e “dá o cu do caralho” chamaram atenção.