A indústria da moda tem crescido cada vez mais e, nesse sentido, o segmento entendeu a importância de ser representativo, plural, e não padronizado e repleto de estereótipos. A partir daí surge a necessidade de que o consumidor se veja naquela marca justamente para gerar a identificação na população.
Tatiane dos Santos discorreu sobre a sua história, a modelo revela que o processo não foi tão fácil durante a sua trajetória. A beldade é nascida e criada entre Salvador e Piauí e trabalha atualmente nas passarelas da Espanha e nos conta como foi sua jornada até o sucesso.
“Eu comecei a participar dos concursos de beleza, com 13 anos de idade. Era meu grande sonho, só que muitas pessoas que viviam no meu entorno falavam que seria melhor não comentar muito sobre esse sonho porque eu seria motivo de chacota. Nos castings sempre me senti no limbo, uma indecisão. Tinha elenco para negras, brancas e asiáticas. Algumas vezes fui ao teste de negras e falavam “mas você não é negra, parece mais asiática”, assim comecei a me apresentar como indígena, mesmo com pouco espaço, sou uma modelo indígena.”
“Quando cheguei à Espanha não falava a língua e não tinha dinheiro para estudar o idioma, comecei então a cuidar de crianças e comecei a aprender a língua falando com quem eu cuidava. Em seguida, comecei a procurar uma agência de modelos que não precisasse pagar nada e que realmente se interessasse pelo meu perfil. Para quem quer começar, indico que procure as melhores agências do mercado e também vá nas agências segundarias. Faz um book com a agência. As modelos devem ter um book, mas só depois que tiver agência. Façam fotos de qualidade nas redes sociais, isso ajuda muito.”