Nesta segunda-feira (19), chegou pela manhã no aeroporto de Cumbica, os insumos advindos da China para retomada da produção da Coronavac. No avião constava 3 mil litros de IFA (Insumo Farmacêutico Ativo), que virá compor a produção de outras 5 milhões de doses da vacina para a contenção do vírus em nosso país. A carga chegou com a metade do previsto e mais de 10 dias de atraso.
De acordo com o presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas, a instituição deve acelerar a partir de maio a fabricação das novas doses. Ele afirma isso pois, segundo o próprio, no mês que vem teremos o recebimento de uma maior quantidade de insumos e, desta forma, podendo antecipar o cronograma dos imunizantes. Pela manhã, junto de Dimas, estava o governador de São Paulo, João Dória.
Do outro lado, também temos o presidente Jair Bolsonaro correndo contra o tempo (desperdiçado pelo próprio). Com a economia sentindo os impactos dessa nova onda, e o país com alto número de mortes, o plano é o mais obvio: acelerar a imunização da população. Temos em torno de apenas 13% de brasileiros imunizados, muito baixo perante um país referência no sistema único de saúde (SUS).
Na última semana, Bolsonaro conversou com o presidente russo Vladimir Putin sobre a Sputnik V. O que está barrando o próximo passo realmente é autorização da Anvisa, que segue pendente. A organização afirmou em que não tem elementos suficientes para autorizar o pedido emergencial da vacina, mas deixando uma esperança para a importação excepcional como possibilidade. A Anvisa está estudando uma data para ir até a Rússia realizar as inspeções sanitárias na área de produção dos insumos das doses.