Discutir amplamente a sexualidade é adentrar um campo extremamente denso e cheio de nuances, visto que visualizamos o mundo de formas diferentes e são essas diferenças inelutáveis que refletem na forma como expressamos o nosso eu.
Desse modo, cercear a pulsão sexual do outro vai na contramão a qualquer noção de bom senso e alteridade. O mundo é plural e, claro, dentro desta pluralidade nos identificamos.
A palavra pansexual, que tem origem grega, significa tudo ou todos. Para nós, lusófonos, é basicamente gostar afetivamente e/ou sexualmente de qualquer pessoa, desde que haja consentimento. Em síntese, o pansexual não se preocupa com a identidade de gênero ou orientação sexual do eleito, o que inclui pessoas não-binárias (que não se encaixam no binarismo feminino e masculino – gênero neutro).
Já o demissexual, se olharmos sob uma ótica literária, é um romântico à moda antiga. Esta expressão da sexualidade designa o sujeito que necessita de envolvimento emocional para se entregar ao parceiro, isto é, até o orgasmo que é o ápice do prazer sexual depende deste vínculo. Mais do que uma atração repentina que acaba após o sexo, o demissexual erotiza o envolvimento mais intenso, magnetismo e a intimidade psíquica.