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No Dia Internacional contra a Homofobia, série conta histórias de quem sofre preconceito pelo tom de voz

O jornalista Elverson Cardozo, editor do Dois Iguais, mídia autoral, alternativa, independente e focada na comunicação para o público LGBTQIA+, lança a série Vozes

Bandeira LGBT
Bandeira LGBT (Reprodução)

O dia 17 de maio, emblemático por celebrar o Dia Internacional contra Homofobia, data escolhida para comemorar a decisão da OMS em 1990, que desclassificou a homossexualidade como um distúrbio mental e a retirou da lista de doenças, aconteceu algumas atividades que visaram, especialmente, trazer o tema à tona.

Nesse sentido, o jornalista Elverson Cardozo, editor do Dois Iguais, mídia autoral, alternativa, independente e focada na comunicação para o público LGBTQIA+, lança a série “Vozes”. Em áudio, 10 pessoas compartilham as dores de sofrer preconceito pela forma como se expressam, isto é, pelo simples tom de voz. O primeiro episódio será publicado nesta segunda-feira (17), no instagram do projeto, às 18h (horário de MS), mas você já pode ouvir os teasers aqui.

“Trabalhar com a dor que eu mesmo conheço me faz elaborar e encarar situações traumáticas de outro jeito, sem estender o sofrimento de forma autodestrutiva, por isso as pautas LGBTs causam tanto apreço. A partir deste ponto de vista, são terapêuticas, porque, ao mesmo tempo que me dedico a elas, eu me curo durante o estudo, pesquisa e na identificação com outras pessoas. Além disso, diante de uma situação flagrante de homofobia, o jornalismo que eu acredito (aquele que combate o preconceito de qualquer natureza, inclusive o de orientação sexual, como preconiza nosso Código de Ética Profissional) convoca o repórter adormecido, sempre presente, a agir, então eu aceito o chamado”, explica.

“A gente sabe que o Pink Money gera um apelo comercial grande, afinal de contas o público LGBTQIA+ também consome e, aliás, segundo pesquisas, tem alto poder de compra, dependendo da classe social. É natural, infelizmente, que por estratégia de marketing ou posicionamento de marca, muitas companhias e seus gestores sinalizem um apoio, quando, na realidade, não mudam a própria cabeça atrasada e preconceituosa, tampouco a cultura da empresa no que diz respeito ao acolhimento real de pessoas que são vítimas de violência, física ou psicológica e, por isso, morrem todos os dias”, afirma.