O jornalista Matheus Ribeiro, por meio de uma entrevista, falou sobre conquistas profissionais e a importância de não incentivar estereótipos. Conhecido por muitos, também, como o primeiro âncora assumidamente gay a compor a bancada do JN, ele afirmou – “Não foi um fardo que eu queria carregar”, afirma.
“Foi muito forte ter que ouvir algumas coisas do tipo ‘foi uma estratégia de marketing’, ‘ai, deu super certo, você se valorizou muito’… Foi algo que me irritou muito e segue me irritando, porque milhões de pessoas, no Brasil e no mundo, sofrem com o preconceito, com situações discriminatórias…”, afirmou ao Na Telinha.
Matheus assumiu o posto de âncora e editor-chefe do DF Record e analisou este novo cenário –“Foi um ano de construir nossas bases. O jornal passou por uma mudança, não só editorial, mas também de formato. A gente passou a ter um jornal com uma dinâmica diferente da que era usada anteriormente. Eu tive que assumir outra função, que também foi bastante desafiadora lá naquele começo e que segue sendo um desafio todos os dias, que é a de ser o editor-chefe do jornal. Isso agregou muito pra minha carreira até aqui”, disse.
Em relação aos desafios enfrentados, Matheus fez uma analogia particular – “Eu sempre faço a analogia com uma colcha de retalhos. Se você pega uma colcha de retalhos, e olha um pedacinho só, não faz sentido. Você tem que olhar a colcha como um todo. Então, sempre quando eu vou montar o espelho do jornal ou faço reunião de pauta com a equipe pela manhã, eu penso assim: “Qual vai ser a cor da minha colcha de retalhos hoje?”.