Em celebração à data do Orgulho LGBT+, comemorado internacionalmente no mês de junho, um aluno de 11 anos recebeu críticas após, em um grupo de WhatsApp da escola, propor um trabalho com o tema LGBT+. Danielle Cristina, irmã do estudante, informou que registrou Boletim de Ocorrência.
“Uma senhora que se diz coordenadora da escola, chamada Marines, ligou para ele por volta das 20:30 da noite acabando com ele, falando para ele retirar o comentário que no caso foi uma ‘sugestão de estudo’ senão iria remover ele do grupo da escola. Falou para ele que era inapropriado, inadmissível. Que era um absurdo ele ter colocado aqui no grupo, que ele precisava de tratamento”, escreveu Danielle, nas redes sociais.
“Ele foi massacrado com tanto preconceito, como se ele tivesse cometendo um crime“, continuou. O caso aconteceu com alunos da Escola Estadual Aníbal de Freitas, na sexta-feira (11).
“Cada um aqui sabe como criam os seus filhos, o meu irmão é somente um menino curioso, uma criança que tem muito o que aprender ainda, ele não é homossexual e mesmo que fosse todos precisam de respeito. Ele só sugeriu um tema para estudo, a direção da escola acabou com ele, jogou tanto preconceito, logo a escola que deveria ensinar dar o exemplo”, defendeu.
Posição da escola
“O respeito à diversidade faz parte do Currículo em Ação para que seja ensinado e aprendido nas escolas estaduais. Sempre dentro do contexto dos conteúdos escolares previstos para cada série e cada componente curricular. As escolas têm autonomia, dentro do seu projeto pedagógico, para organizar quando e de que forma essa temática será abordada”, diz o comunicado enviado ao UOL.
Segundo o pronunciamento, “um supervisor de ensino foi enviado à escola para apurar o caso e todas as medidas administrativas cabíveis serão tomadas”.