O médico Drauzio Varella causou uma polêmica estrondosa quando, em 2020, participou de uma reportagem sobre a vida de pessoas trans nos presídios brasileiros. A matéria foi transmitida pelo Fantástico e, a priori, impactou positivamente.
O entrave se desencadeou quando foi descoberto o crime cometido por Suzy de Oliveira, que matou um menino de 9 anos, mas ganhou notoriedade na época, após revelar que estava há oito anos sem receber visitas. No episódio, o médico deu um abraço em Suzy. A matéria foi transmitida logo após o assunto sobre a população LGBT+ nos presídios ser amplamente debatido no último mês.
Em sua defesa, Varella deixou claro que não sabia do crime cometido, pois não estava lá na condição de juiz, logo, julgamentos subjetivos seriam inapropriados.
Nesse sentido, a decisão, assinada pela juíza Regina de Oliveira Marques, do Tribunal de Justiça de São Paulo, diz que o pai da criança “sofreu novo abalo psicológico ao reviver os fatos”.
“Por todo o exposto, julgo parcialmente procedente o pedido inicial para condenar solidariamente os requeridos ao pagamento ao autor de indenização por danos morais no importe de R$ 150.000,00 devidamente corrigido e acrescido de juros de 1% ao mês, ambos desde a data da sentença até o efetivo pagamento”, diz. Cabe recurso.