Conforme já reportamos algumas vezes, a PrEP é a combinação de dois medicamentos (tenofovir + entricitabina) que bloqueiam alguns “caminhos” que o HIV usa para infectar seu organismo. Se você tomar PrEP diariamente, a medicação pode impedir que o HIV se estabeleça e se prolifere pelo seu corpo.
Contudo, um estudo realizado em parceria entre Brasil e Portugal analisou mais de 20 mil sequências genéticas de HIV de pacientes brasileiros e constatou o aumento de uma mutação específica chamada K65R. Segundo pesquisadores, esta mutação pode desencadear uma espécie de resistência a um dos medicamentos usados no tratamento antirretroviral no país, o Tenofovir (TDF).
“É o medicamento de primeira linha para começar o tratamento padrão do HIV em pessoas virgens para o tratamento no Brasil”, aponta Bernardino Geraldo Alves Souto, professor do Departamento de Medicina da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), conforme o UOL.
“Esse tratamento que o Brasil está adotando como padrão para começar a tratar as pessoas já tem 12% de resistência, então vamos precisar rever isso”, indica Souto.