“Além de eu não conhecer pessoas, eu também estava vendo novelas, filmes, um monte de estímulos audiovisuais que não tinham nenhuma mulher lésbica. Eu não sabia o que era isso. Eu precisei que alguém me explicasse. E isso, por si só, já fala do quanto a gente vem sendo invisibilizada há muitos anos”, explicou a cineasta Carol Bria, de 34 anos, ao G1.
A profissional acredita que, por meio do audiovisual, é possível estimular o protagonismo lésbico nas telas. Com um grupo de amigas – entre elas, a própria esposa, a atriz Priscilla Raibott – ela criou a própria produtora de vídeo.
“Eu comecei a consumir muito filme lésbico para tentar ver se tudo era mais ou menos por aí. E eu me deparei com isso: quase todos os filmes tinham sempre uma tragédia“.
Carol Bria, no entanto, decidiu escrever, produzir e dirigir o próprio curta-metragem, em 2014.
“Eu já vinha trabalhando com audiovisual já fazia um tempinho. Eu já tava louca para filmar a minha história. Só que eu não tinha dinheiro para fazer isso. Então, eu ficava esperando a oportunidade e dinheiro para filmar. Só que eu comecei a ver que essa oportunidade não chegava nunca, eu isso estava me deixando um pouco nervosa já”, disse a diretora.