A música e a arte de forma geral surgem como veículos de transformação, e a cena LGBT+ tem ganhado cada vez mais robustez e se solidificado no mercado. Nesse sentido, depois de 20 anos como um dos nomes mais comentados na dança, Igor Pitangui constrói a sua ponte para a carreira musical apostando no lançamento de “Pancadão”.
“Esse é um convite, ou melhor, uma convocatória para estar no presente, aqui e agora. É a celebração da própria existência que nestes tempos se revela em forma de resistência. Que possamos então resistir em movimento, desopilando as dores, o luto e a indignação”, diz o artista ao Observatório G.
“Acredito muito na potência desse som. É divertido, dançante e, ao mesmo tempo, é político. Escrevi essa track para estimular reflexões sobre o universo digital, a busca por padrões, cancelamentos e toda essa pressão estética e temporal“.
“Quem prestar atenção na letra vai morder a isca. Também quis deixar clara a minha narrativa contra o negacionismo, sobretudo como membro da comunidade LGBTQIAP+, da qual eu faço parte com muito orgulho! Aprendi com a vida que não vale a pena se prender a rótulos… É possível balançar a raba, refletir e se posicionar, tudo junto e misturado assim mesmo! A dança salvou minha vida na infância e agora a música me resgatou na vida adulta”, bradou.