O ex-presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (sem partido), disse, nesta sexta-feira (3), acreditar que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) seria homossexual. A orientação sexual de cada um é algo que compete somente ao próprio sujeito, mas Maia sustentou a sua opinião.
Para Rodrigo, a formação severa do presidente é um empecilho para ele trazer à tona quem verdadeiramente é.
Em resposta, o mandatário Jair Bolsonaro, (sem partido), disse, na tarde deste sábado (4), que o ex-presidente da Câmara dos Deputados começou a se interessar pela pauta LGBT após trabalhar com Doria. “Ninguém mais do que eu é agredido diuturnamente, até mesmo pela mídia tradicional. Essa semana mesmo, foi um festival de acusações. O Rodrigo Maia me acusou de ser gay. Se bem que, eu não considero nenhum crime ser gay. Agora vocês repararam que depois que ele foi trabalhar com o Doria ele começou a se interessar pela pauta LGBT? Esse gordinho nunca me enganou”, disse.
Posteriormente, beijou a sua parceira, Michelle Bolsonaro, para eventualmente ‘sanar’ alguma dúvida acerca de sua orientação sexual. Muita gente ainda insiste em dizer que todo homofóbico é um gay, atormentado por sua condição, que não se assume, por isso se incomoda com a sexualidade do próximo. Usam até respaldo da psicologia/psicanálise para tal afirmação, o que não dá para generalizar.
Bolsonaro disse que Maia passou a se interessar pela pauta LGBT após trabalhar com Doria, mas o governo de SP levantou esta bandeira?
Em 2017, Doria se posicionou a favor do casamento gay, apesar de ter dito, no início de sua campanha, que dissiparia a secretaria dedicada à população LGBT, que, por sinal, nem existia. Em entrevista à RedeTV, o governador, que na época atuava como prefeito de SP, disse que apoiaria a Parada do Orgulho LGBT.
“Acho que cada um tem direito a fazer a sua opção política ou de gênero como achar conveniente, mas sou contra transformar isso em políticas de gênero nas salas de aula”, falou em entrevista.
Recentemente, ao participar do programa “Roda Viva” da TV Cultura, o governador do estado de São Paulo João Doria (PSDB) deixou claro que não se arrepende do ato de recolher as apostilas de Ciência indicadas para alunos do 8º ano do ensino fundamental, que possuem entre 13 e 14 anos. “Discutir é uma coisa, impor didaticamente um tema é outro. Existe identidade de gênero, mas você não pode impor isso a uma criança que frequenta uma escola. Pode debater esse tema, mas impor com material didático não. Nisso não houve nenhum arrependimento” afirmou.
Em agosto, o governador realizou o lançamento da Delegacia da Diversidade Online (DDD Online), responsável pelo registro eletrônico de todas as ocorrências de intolerância ou preconceito por diversidade sexual e de gênero. “O respeito é a expressão do amor. Pessoas que têm a intolerância como marca são pessoas que não se amam. São pessoas que odeiam. E é dessas pessoas que desejamos distância. A essas pessoas, a aplicação da lei. São Paulo não tolera a intolerância, aqui somos defensores da liberdade. E é por isso que estamos fazendo aqui a Delegacia da Diversidade”, destacou Doria. Além disso, segundo o portal SP, vítimas poderão acessar a Delegacia da Diversidade Online em qualquer hora do dia e a partir de qualquer dispositivo eletrônico. A Delegacia da Diversidade Online pode ser acessada por meio do site https://www.delegaciaeletronica.policiacivil.sp.gov.br.
Outra polêmica em SP versou sobre o Museu da Diversidade. Um protesto que teve o foco de cobrar o governador que a promessa feita pelo ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) de que o Museu da Diversidade Sexual seria levado para a Av. Paulista aconteceu no dia 29 de agosto.