O caso que chocou a Espanha aconteceu no último domingo (5) em Madrid, quando oito homens abordaram um jovem de 20 anos enquanto ele entrava em sua casa. Após a abordagem, os homens arremessaram o rapaz contra o chão e começaram as agressões. O jovem teve seus lábios cortados e em uma de suas nádegas foi escrito a palavra “maricón” (maricas ou bicha em tradução para o português).
O ocorrido causou grande revolta no país, o que fez com que o primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, convocasse uma reunião de emergência para tratar do assunto. A reunião de urgência de uma comissão de seguimento do plano de luta contra os delitos de ódio foi convocada nesta terça-feira (7) e, de acordo com o porta-voz do executivo espanhol, o chefe do executivo quer “liderar pessoalmente” esta matéria e irá participar do encontro que ocorrerá na sexta-feira.
Grupos ativistas LGBTQIA+ fizeram denúncias de que a taxa de violência contra pessoas da população LGBT aumentaram no país e informaram que possuem a intenção de realizar protestos nas ruas nos próximos dias. Os grupos também anunciaram que as estatísticas mostram apenas uma parte do problema, já que muitos crimes não são relatados.
Em julho deste ano, outro incidente havia chocado o país, quando um jovem de 24 anos foi morto após ser espancado até a morte, em La Corunã. O rapaz nascido no Brasil e identificado como Samuel Luiz Muñiz, trabalhava como auxiliar de enfermagem. Amigos de Samuel afirmaram que o rapaz havia sido vítima de homofobia, o caso se tornou notícia mundial e uma série de protestos foram feitos.
A agressão ocorrida neste domingo será investigada pela polícia como crime de ódio por homofobia, além do primeiro-ministro Predo Sánchez ter lamentado a situação, o crime foi condenado por outros líderes políticos espanhóis.