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Além de Maurício Souza, outros esportistas polêmicos com LGBT

O esporte ainda enfrenta desafios para se tornar, de fato, inclusivo

Neymar pede fim da homofobia
Neymar pede fim da homofobia (Reprodução)

Depois de ser afastado do Minas Tênis Clube por posts com declarações contra o beijo gay do filho do Superman, Maurício Souza usou o Instagram para se desculpar ‘a quem se sentiu ofendido’, mas não declinou de sua opinião. “Ah, é só um desenho, não é nada demais’. Vai nessa que vai ver onde vamos parar”, disse ele, que desencadeou polêmica explosiva. O atleta já tinha histórico de declarações homofóbicas em outras ocasiões.

Quando falamos de esporte, estamos falando de um dos pilares do entretenimento em todo o mundo, mas ainda marcado por bastante preconceito. Em 1975, Dave Kopay se tornou o primeiro atleta da NFL a se declarar gay. Justin Fashanu, em 1990, revelou a sua homossexualidade, mas não foi bem aceito. No dia 3 de maio, ele cometeu suicídio, aos 37 anos, após visitar uma sauna gay em Londres. O esportista deixou um bilhete no qual dizia não querer “ser uma vergonha para sua família”.

Reneé Richards, em 1977, passou a ser a primeira atleta trans a disputar um torneio feminino. Mas mesmo a história da homossexualidade no esporte sendo antiga, o preconceito segue robusto.

Leandro Castan é capitão do time do Vasco, se diz cristão, e ressaltou, por meio de uma entrevista, que foi ‘obrigado a vestir uma camisa’ no mês do Orgulho, em junho deste ano.
 No momento no qual expus o que acredito, quando eu fui, teoricamente, obrigado a vestir uma camisa, acho que algumas pessoas não gostaram. Mas eu respeito a todos e também acho que tenho de ser respeitado – disse Leandro.

Em junho de 2019, o técnico Renato Gaúcho concedeu declarações controversas por meio de uma entrevista. “Se tem um gay na música é normal, se tem um gay ator é normal, se tem um gay em qualquer outra profissão é normal. Mas se tem um gay no futebol, vira notícia mundial. Por quê? Não entendo isso.” disse o técnico em entrevista dada para a Folha de São Paulo. “Se eu tenho um jogador gay, vou sacanear ele de manhã, de tarde e de noite. Eu quero é que ele jogue. O que não pode é misturar as coisas: entrar no vestiário de sacanagem por ser gay e levar mais para o lado gay dele do que para o trabalho. Aí ele tá fora comigo”. Ele sugestiona que o cara, só por ser gay, vai dar em cima dos outros homens no vestiário.

Com a repercussão nacional da morte de Paulo Gustavo, muitos famosos foram às redes deixar suas homenagens ao ator. No entanto, a jogadora do Palmeiras, Chu Santos, foi infeliz em suas palavras, mas se desculpou por meio de um vídeo. Em um post no Facebook sobre o falecimento do ator e do cantor gospel Irmão Lázaro, também vítima da doença, a atleta escreveu fazendo o comparativo: ‘Blz, morreram pelo mesmo vírus, a diferença é: que um Lázaro foi para o céu e Paulo Gustavo para o inferno.”

Conforme reportamos, ano passado, no mês de junho, vazou um áudio no qual o jogador Neymar e colegas apareciam xingando o ex-padrasto do atleta , Tiago Ramos. Nas ofensas proferidas, comentários como “viadinho” e “dá o cu do caralho” chamaram atenção.

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