O Clube de Regatas do Flamengo precisará se explicar na Justiça devido ao fato de nenhum dos atletas do time ter entrado em campo usando a camisa 24, na Copa São Paulo de Futebol Júnior. O questionamento feito pelo presidente do Grupo Arco Íris de Cidadania LGBT, Cláudio Nascimento, foi protocolado no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.
Ao todo, foram 30 jogos disputados pelo Rubro Negro, durante a Copinha, no entanto, em nenhum deles a numeração da camisa foi usada por um dos jogadores. De acordo com informações divulgadas pelo O Globo, a camisa estampada com o número 12 também não foi utilizada nos jogos, no entanto, para o Flamengo, essa camisa é representada pela torcida, fato que impede que seja usada em campo.
“O fato da numeração do Clube pular o número 24, considerando a conotação histórico cultural que envolta esse número de associação aos gays, deve ser entendido como uma clara ofensa a comunidade LGBTI+ e como uma atitude homofóbica”, diz petição a qual o jornal teve acesso.
Anteriormente, o Grupo Arco Íris de Cidadania LGBT também confrontou a Seleção Brasileira de Futebol, justamente pelo mesmo motivo. A ação na qual o grupo questionou a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) a respeito da falta do usa da camisa 24 por um de seus jogadores durante os jogos na Copa América, foi aberta em junho deste ano. O documento requisitava que a roupa fosse usada por um dos atletas na final contra a Argentina, porém, foi arquivado algumas semanas depois.