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No Dia da Visibilidade Trans, Marcela Porto relembra transfobia de ex-affair

"Com os amigos fingiu que não me conhecia e se uniu a eles para zombar de mim", recorda

Foto Samuel Rodrigues
Foto Samuel Rodrigues

Neste sábado, 29, é celebrado o Dia da Visibilidade Trans– data criada em 2004 pelo Ministério da Saúde após a divulgação da campanha “Travesti e Respeito”, em reconhecimento à dignidade desta população. Para lembrar o dia, Marcela Porto, conhecida como Mulher Abacaxi, protagonizou um ensaio com uma roupa com as cores da bandeira trans.

“O Brasil é o país que mais mata trans no mundo. Também sofremos com o desemprego e com a exclusão da sociedade.  Por isso, a data é tão importante”, afirma.

Marcela, que é madrinha da Unidos da Ponte, escola de samba do Rio de Janeiro, também relata alguns casos de transfobia que sofreu.

Um deles, foi um rapaz, faz anos isso, mas me marcou. Nós estávamos tendo uma relação amorosa. Só que um dia em uma loja de conveniência de um posto de gasolina, encontrei ele com uma turma. Acho que eles estavam indo para uma balada. Com os amigos, fingiu que não me conhecia e se uniu a eles para zombar de mim. Ficaram rindo. Sei que não deveria ter ficado quieta, mas aquilo me doeu tanto, que fiquei sem reação. Depois ele ainda me ligou, mas eu nem atendi”, recorda.