Estudante afirma sofrer ataque homofóbico de skinheads em Fortaleza

LGBTfobia
LGBTfobia (Foto: Reprodução)

Um jovem estudante que não quis ser identificado relatou ao jornal Tribuna do Ceará um episódio homofóbico cometido por skinheads que supostamente faziam parte do grupo Carecas Pelo Brasil na quinta-feira (18), no bairro de Gentilândia, em Fortaleza, no Ceará. A vítima reconheceu os agressores através de uma página no Facebook.

De acordo com o universitário, homens carecas o abordaram enquanto caminhava pela rua e foi surpreendido por socos e pontapés, motivado por ideais racistas e homofóbicos. “Eram todos carecas e eles estavam usando a mesma camisa”, contou.

“Algumas pessoas me enviaram fotos e eu identifiquei o que me bateu primeiro e uns outros que estavam no grupo. Na camisa tinha escrito: ‘Carecas do Brasil – Nordeste’”, completou o rapaz que não registrou Boletim de Ocorrência (B.O).

O jovem ainda contou que após o ocorrido encontrou uma viatura policial, nas proximidades da Reitoria da Universidade Federal do Ceará (UFC), mas os agentes disseram não poder ajudá-lo. “Só deram uma volta, disseram que não acharam, me indicaram ir na delegacia, mas também não fizeram mais nada”, contou ao G1.

“Nem meu nome eles perguntaram. Nem anotaram nada. Só me disseram que não podia me levar na delegacia e me indicou ir lá, mas eu fiquei com medo de passar mais tempo lá e vim pra casa”, descreveu.

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A Secretaria de Segurança do Estado (SSPDS-CE) emitiu uma nota na qual afirmou que está apurando o caso. O órgão confirma a versão contada pela vítima, e ainda pediu ao estudante que procure uma delegacia para fazer uma queixa contra os agressores.

O Carecas pelo Brasil é uma organização que se define como apartidária, e tem como característica o uso da cabeça raspada. O grupo têm ideologias e práticas que, segundo eles, tem como foco, o Nacionalismo.

Apesar de se mostrarem contra o racismo, tem em seu site declarações contra qualquer tipo de demonstração de afeto feita por pessoas do mesmo sexo. O grupo ainda se diz contra a homofobia, mas não é a favor do “comportamento desviante”.

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