Uma funcionária de uma hamburgueria de Parnaíba, no litoral do Piauí, denunciou uma situação de racismo e lesbofobia em que foi submetida, após um cliente recusar o lanche feito por ela. O consumidor foi bem específico em sua recusa – ele assumiu ser “preconceituoso e racista”, e disse que a empresa não deveria contratar “esse tipo de gente para trabalhar”, conforme o Extra, que teve acesso à conversa. A vítima Joelma Figueiredo, de 23 anos, formalizou a denúncia.
“Desculpe a pergunta, mas meu hambúrguer poderia ser feito por outra pessoa? Lanchei aí na quarta-feira e vi que meu hambúrguer foi feito por uma pessoa que não é do meu agrado”, começou. “Ela é lésbica e negra, entenda meu lado”, disse ele, como enuncia os prints.
Fomos registrar o boletim de ocorrência, mas ainda não foi localizado o cliente. A advogada Mayara Portela está me orientando, mas estou com medo de perder meu emprego. Estamos recebendo mensagens falando que a empresa quer fazer marketing e lucrar com a repercussão do caso. E eu também penso: e se esse cliente for importante na sociedade, será que vão acobertar o que ele fez? — questiona Joelma.
Mayara Portela, presidente da Subcomissão da Diversidade Sexual e de Gênero da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Piauí (OAB-PI) presta suporte completo à jovem neste caso.
A Subcomissão da Diversidade Sexual e de Gênero e da Mulher Advogada, da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Piauí (OAB-PI), divulgou nota.
“É válido ressaltar que a Lesbofobia e Racismo são condutas tipificadas como crime em nosso ordenamento jurídico e como tal serão tratadas. Todavia é importante frisar que, atitudes dessa natureza são completamente incompatíveis, e absolutamente inaceitáveis no seio de nossa sociedade, que deve prezar pela diversidade, pela democracia, pela justiça e a convivência respeitosa entre todos”, asseverou.