Nesta segunda-feira (28), a apresentadora Angélica, de 48 anos, fez uma revelação dolorosa referente ao seu passado. Durante bate-papo no site Mina Bem-Estar sobre o tema ‘A Exploração e o Abuso Sexual contra Crianças e Adolescentes’, com a advogada Luciana Temer, a esposa de Luciano Huck confessou ter vivido um abuso sexual, no auge de sua carreira.
“Eu estava fazendo foto, estava lançando o ‘Vou de Táxi’, devia ter uns 15, 16 anos. Eu estava em Paris, fazendo foto, porque a música ‘Vou de Táxi’, é uma versão de uma música francesa. E estava na rua com 15 anos fazendo foto, os franceses perguntavam ‘quem é?’, aí falaram ‘ah é apresentadora brasileira’. ‘Ah é brasileira…’ eles falavam. Era um grupo de jovens, de homens, meninos. O fotógrafo falou ‘fica aqui do lado dela pra fazer foto’. E aí vieram aqueles meninos todos e quando o fotógrafo falou que era uma brasileira, cantora do Brasil, eles foram chegando perto de mim e se esfregando em mim”, contou a apresentadora.
Angélica continua o seu relato falando que não teve reação durante o crime. “Um dos meninos ficou passando a mão na minha bunda. Passando a mão em mim inteira. Eu estava atrás de um táxi, ninguém estava vendo e eu não fiz nada.Eu estava num país que não era o meu, eles conversavam numa língua que não era a minha. É um assunto que ninguém fala… Eu estava sendo ali violentado por dois, três meninos, ninguém viu, eu sabia e eu não tive reação nenhuma, não fiz nada”, concluiu.
Na web, a loira tem recebido diversas mensagens de apoio e carinho dos fãs, agradecendo pela artista ter sido forte todos esses anos. “Que história horrível essa da Angélica, essa mulher é forte e para se admirar eternamente”, comentou um internauta. “Angélica, você é o nosso anjo e só espero que você receba luz, paz, carinho e apoio incondicional para sempre!”, desejou outra admiradora.
Angélica lamenta suicídio de fã vítima de transfobia
Por meio do Instagram, a apresentadora Angélicaaproveitou o seu espaço para desabafar e se posicionar contra a transfobia que assola a população de trans e travestis.
A fala veio após uma grande fã sua, Babalu Vendraminy, optar pelo suicídio depois de sucessivas represálias transfóbicas. “Respeito. Hoje vim falar de respeito. Uma dor, na verdade. Nós vivemos em uma sociedade opressora, em um país que tem a maior taxa der mortalidade de travestis e pessoas trans”, começou.
“Ao mesmo tempo, nós somos o país que mais consome conteúdo pornográfico transexual no mundo. Existe uma cultura de opressão sendo constantemente alimentada, gerando situações de preconceito, de violência à comunidade diariamente”, prosseguiu.
“Por que estou falando isso? Uma fã muito querida infelizmente, vítima desses preconceitos e violências, tirou a própria vida, depois de ter tirado de si a liberdade de ser quem ela é. Hoje a Babalu nos deixa“, explicou Angélica.