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Justiça condena médico do Paraná após lesbofobia: “Não sei que espécie que é, homem ou mulher"

De acordo com a ação penal, o denunciado praticou discriminação contra a vítima

Direito LGBT
Direito LGBT (Foto: Montagem Jucy Santos)

Dorival Júnior foi denunciado pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR) por lesbofobia, após impedir a permanência de uma mulher lésbica, cuidadora de idosos, em um hospital privado. 

O juiz entendeu a conduta homofóbica e condenou o profissional a um ano, três meses e 22 dias de reclusão, inicialmente em regime aberto, e multa de R$ 13.332,00 +  indenização de R$ 30 mil por danos morais. 

A motivação da agressão foi a orientação sexual da vítima, já que ela foi contratada para trabalhar, mas foi impedida de exercer a sua atribuição após ser expulsa pelo médico.

“Não sei que espécie que é, se homem ou mulher, aqui não pode. Saia do meu hospital”, disse ele.

Eldom Stevem Barbosa dos Santos, magistrado, asseverou – “ao tempo que o acusado ofende diretamente a vítima, individualizada, deixa claro com as expressões empregadas que pretende a exclusão de todo um grupo de pessoas (mulheres lésbicas), de modo que a conduta ofende diretamente todo um conjunto de pessoas na mesma condição […]”.

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