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Justiça do DF absolve dono de clínica de hipnose que prometia 'cura gay'

O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) chegou a apresentar denúncia contra Gabriel

Bandeira LGBTQIA+ (Foto: Reprodução)
Bandeira LGBT (Foto: Reprodução)

Com a promessa de “curar” homossexuais do “homossexualismo”, uma clínica de hipnose em Brasília foi investigada pelo Conselho Regional de Psicologia (CRP). O caso ocorreu em 2020, quando Gabriel oferecia o procedimento por R$ 29,9 mil.

O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) chegou a apresentar denúncia contra Gabriel, pelos crimes de racismo, charlatanismo e exercício ilegal da profissão. A justiça entendeu, entretanto, que não houve a intenção de cometer crime e optou por absolver o dono do local acusado.

“Cura gay”

Uma pesquisa da Universidade de Coventry, no Reino Unido, publicada no ano passado, entrevistou dezenas de pessoas que haviam sido submetidas a essas “terapias de conversão” e não encontrou nenhuma evidência de que elas funcionem. O intento é reformular o desejo que a pessoa tem pelo mesmo sexo, mas sem êxito. No passado, implementavam isso com lobotomia, choques e até o reforço da masculinidade.

Em 2020, o instituto Williams, da Faculdade de Direito da Universidade da Califórnia, sinalizou que homossexuais ou bissexuais sujeitados a este tipo de terapia têm quase o dobro de probabilidade de tentar ou pensar em suicídio.

Esses métodos começaram a ser implantados em meados do século 19. Uma pesquisa feita pelo Governo britânico em junho de 2017, que contou com mais de 108.000 pessoas LGBT+ da Grã-Bretanha apontou que 2% dos entrevistados já participaram.

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