Davi Bandeira é um grande expoente da música brasileira. Nascido em Cariri, no Ceará, o artista é um dos nomes em ascensão na cena pop musical.
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Assumidamente gay, Davi vem transcendendo padrões ao se reafirmar como pessoa. Mas o processo nunca foi fácil. Em meio à criação religiosa, Davi se deparou com um grande tabu em sua vida, ficando isolado por muito tempo.
“Ainda na adolescência eu entendi que era diferente. Foi difícil pra mim porque eu era da igreja e as pessoas falavam que eu ia para o inferno. Então até os meus 15 anos eu não tinha amigos, pois ninguém queria ser amigo do pecador que iria influenciar eles. Foi um período complicado, principalmente para um jovem que não entendia nada do mundo e da sua própria vida”, desabafa o artista.
Em busca do autoconhecimento, Davi Bandeira encontrou a música. O que hoje se revela sua profissão, antes se tornou um refúgio.
Em meio às celebrações do Mês da Diversidade LGBTQIA+, Davi Bandeira divulga com exclusividade um ensaio fotográfico sobre moda Queer. Inspirado na música “Ô Desgraça (Que é Gostar de Homem”, de sua autoria, surge o editorial.
“O vermelho representa o impulso enérgico e raivoso, ao mesmo tempo representa a luxúria, a paixão ardente, que é sobre o que a música fala”, explica Davi.
Assinado pelo fotógrafo Jonatan Augusto, e com direção criativa do próprio artista, o ensaio fotográfico surgiu em um curto período de tempo, quase como um desafio.
“Tínhamos apenas 12 horas desde a ideia para realizar e entregar o material para a equipe de distribuição. Então a Penha [Ribeiro] fez a calça de plástico praticamente no meu corpo. Ao mesmo tempo, o ensaio foi muito rápido, apenas 20 minutos, estávamos todos na mesma energia e tudo funcionou muito rápido”, acrescenta o cantor.
Fã de artistas como Liniker, Romero Ferro e Beni Falcone, Quebrada Queer, Spartakus e o Diva Depressão, Davi sonha com a possibilidade de um dia dividir os palcos com alguns de seus maiores ídolos: Pabllo Vittar e Gloria Groove.
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