Ativistas promovem "beijaço" para protestar contra homofobia em Buenos Aires

Beijaço LGBT
Beijaço LGBT (Foto: Juan Mabromata/AFP)

Um grupo de pessoas se juntou nesta terça-feira (06) em frente a tribunais de Buenos Aires para promover um beijaço em protesto contra a detenção no ano passado de Mariana Gómez, após ter trocado beijos e abraços em público com a sua esposa Rocío Girat.

O ato aconteceu em outubro, e foi denunciado por ativistas LGBTs, a polícia registrou a prisão da mulher como um ato de desacato à autoridade. Na época, o casal foi abordado por um agente da polícia sob o argumento que ela fumava em um espaço não autorizado, mas que, na realidade, foi uma represália por terem se beijado em público.

“Sim, estávamos nos abraçando. É a primeira vez que prendem uma pessoa por fumar. Em todo caso, isso é uma infração que se pune com multa”, afirmou Gómez a AFP. “Estávamos nos despedindo porque íamos trabalhar”, completou ela.

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A prisão foi breve, mas a discussão continua até hoje. A ativista contou ainda que ficou algemada por três horas. Mesmo após mostrar a certidão de casamento, o policial registrou que ela era solteira na planilha de registro, fato que foi considerado como homofobia.

As duas jovens compareceram ao protesto, acompanhadas por um advogado, munidas de cartazes e bandeiras. “Falavam como se fossemos amigas, quando estávamos casadas. Vamos apresentar a apelação”, ressaltou Girat.

Gómez e Girat se casaram há dois anos. A Argentina foi o primeiro país da América Latina a aprovar o casamento igualitário, em 2010.

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