Magnus Hirschfeld* chegou a fazer menções indiretas sobre assexualidade no século XIX. Existem indivíduos que não têm nenhum desejo sexual (anesthesia sexualis), disse ele, com o termo – anestesia sexual – cunhado nesta época.
*Magnus, homossexual assumido, foi perseguido pela sociedade e pelo governo nazista da Alemanha de 1933.
Ainda há poucas referências em filmes, séries e livros, mas essa realidade está mudando com o movimento de artistas e autores dispostos a levar o protagonismo assexual às suas histórias. Virginia P. Pagliarin, autora da obra literária Um mundo de cores, é um desses nomes.
A narrativa apresenta Camila, uma jovem brasileira que termina um namoro de longa duração por não se sentir confortável em manter relações sexuais. Desde o início, a personagem ressalta: não há nenhum problema com seu ex-namorado. Pelo contrário: ele é o homem ideal para muitas mulheres. Mas ela precisa priorizar suas vontades para entender a si mesma.
Nunca imaginei que o gênero pudesse mudar tanto de pessoa para pessoa e admito que me perguntei por que, em pleno século XXI, isso ainda é tratado como tabu. Será possível que as pessoas não entendem que quanto mais informações tivermos mais poderemos nos entender e encontrar o que chamamos de felicidade? Viver fora de um mundo em que as regras de “normalidade” nos limitam de tal forma que nos sentimos sufocados. (Um mundo de cores, pg. 7).
FICHA TÉCNICA
Título: Um mundo de cores
Autor: Virginia P. Pagliarin
Editora: Viseu
ISBN/ASIN: B0B69977NM
Formato: 21x14x2 cm
Páginas: 174
Preço: R$ 57,09 (físico) e R$ 8,91 (e-book)
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