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Relato de homofobia: O assassinato da menina Sophia

A menina havia sido estuprada antes mesmo da data da morte, apontou o laudo necroscópico.

caso da menina Sophia. — Foto: Redes Sociais e Arquivo Pessoal/Reproduções
Caso da menina Sophia. — Foto: Redes Sociais e Arquivo Pessoal/Reproduções

Em depoimento, a mãe de Sophia de Jesus Ocampo, de 2 anos, confirmou que sabia que a menina estava morta quando procurou a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Coronel Antonino, no dia 26 de janeiro.

Segundo a Polícia Civil de Mato Grosso do Sul (PCMS), o laudo atesta que a menina sofreu “traumatismo raquimedular em coluna cervical e violência sexual não recente”. A menina havia sido estuprada antes mesmo da data da morte, apontou o laudo necroscópico.

Stephanie de Jesus Da Silva e Christian Campoçano Leitheim, mãe e padrasto de Sophia, estão presos preventivamente pelos crimes de homicídio qualificado e estupro de vulnerável.

 Ao G1, o pai da criança diz acreditar que o que motivou a morosidade da justiça para resolução do caso tem a ver com homofobia, visto que foi atrapalhado por muitas questões burocráticas, e o preconceito da mãe quando tentou a guarda da menina, juntamente com o seu esposo.

Jean Carlos Ocampo diz ter tentando a guarda da filha, mas “ela [mãe da menina] dizia que não deixaria a filha com dois homens”.

A questão da homofobia existiu. A gente vê mães reclamando que o pai não é presente, e nesse caso tinha um pai tentando se fazer presente e ignoravam”, afirma o pai da menina.

“Teve esse preconceito por ser dois pais, porque quando você quer ajudar, as coisas acontecem, ainda mais no estado em que a minha filha chegava em casa. Eu mostrava fotos dos hematomas, mostrava a neném, e nada era feito.”

“Passamos por vários lugares para entrar com pedido de guarda da neném. O fato de eu não ser um pai biológico não muda nada, eu tive uma missão muito mais importante, que é amar uma pessoa que não é do meu sangue. Eu amei como se fosse a minha filha”, disse Igor, parceiro de Jean.

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