Orgulho

Dia do Orgulho LGBT+ e a saúde mental

A médica acredita que promover a educação, a conscientização e a igualdade de direitos são passos importantes

O evento visar operacionalizar e efetivar a Política Nacional de Saúde Integral a comunidade LGBT
Médico com bandeira LGBT ao fundo (Foto: Ilustrativa)

A médica psiquiatra Dra. Jéssica Martani, especialista em comportamento humano e saúde mental fala que a população LGBTI (lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros e intersexuais) enfrenta uma série de desafios e problemas emocionais decorrentes da discriminação, preconceito e estigmatização presentes em muitas sociedades.

“Um dos problemas emocionais mais comuns enfrentados pela população LGBTI é a ansiedade. O medo da rejeição e a incerteza sobre como serão tratados pelos outros podem levar a altos níveis de ansiedade. A pressão para esconder ou negar sua verdadeira identidade de gênero e orientação sexual também pode gerar um estresse crônico, bem como sensação de insegurança, tristeza e questões com a autoimagem e autoestima”, avisa a médica.

“A violência e o abuso também são desafios significativos enfrentados pela população LGBTI. Muitos são vítimas de violência física, verbal ou sexual devido à sua identidade de gênero ou orientação sexual. Essas experiências traumáticas podem deixar cicatrizes profundas na saúde mental, resultando em transtorno de estresse pós-traumático (TEPT), depressão e ansiedade crônica”, alerta a psiquiatra.

 “Se uma pessoa é LGBTI+ e está enfrentando problemas emocionais, é altamente recomendável procurar apoio profissional de um psicólogo ou terapeuta que tenha experiência em questões relacionadas à identidade de gênero e orientação sexual. A busca de ajuda adequada pode ser um passo importante na jornada em direção a uma saúde mental fortalecida e a uma vida mais plena e autêntica”, finaliza.