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Diego Hypolito, um dos participantes confirmados do BBB 25, do time ‘Camarote’, que estreia na noite desta segunda-feira (13), é um dos maiores atletas olímpicos brasileiros, e tornou público os desafios de assumir ser um homem gay em uma área esportiva tão opressora.
Em sua biografia, Não Existe Vitória Sem Sacrifício (2019), da Editora Benvirá, o ginasta relembrou como foi ter enfrentado o preconceito. “Me dei conta de que não preciso esconder a minha história de ninguém. Não mais. Não depois de tudo o que eu já vivi e conquistei, mesmo com todas as limitações que me foram impostas. Ter que esconder a própria sexualidade em pleno século 21 pode até soar antiquado, mas eu tinha muito medo de magoar minha família”, iniciou ele.
“Além de serem pessoas criadas com uma educação rígida, meus pais também sempre foram muito religiosos. Tanto é que sou muito ligado à religião até hoje… frequento o culto uma vez por semana”, explicou Diego Hypolito, que contou ter criado uma percepção distorcida sobre ser um homem gay, em virtude dos seus próprios conflitos internos.
“Durante muito tempo, ao menos na minha cabeça, ser gay era sinônimo de ser um demônio, alguém amaldiçoado. Era como se o fato de eu ser gay fosse uma praga para minha família. Além de eu achar que minha sexualidade era uma maldição para meus pais, eu ficava com a impressão de estar pecando o tempo todo”, contou ele, que ainda detalhou ter sofrido bullying na ginástica.
“Embora de longe não pareça, a ginástica é um ambiente altamente machista e preconceituoso. As pessoas zombavam do meu jeito de ser. Quando escreveram as palavras ‘eu’, ‘sou’, ‘gay’ com pasta de dente em mim e em mais dois atletas, por exemplo, estava embutido ali, naquele assédio moral, o peso de ser homossexual. Ser gay era uma vergonha tão grande que a palavra servia como xingamento”, revelou Diego.
